terça-feira, 18 de julho de 2023

Virando a Página!!

 Ainda esse ano nosso primeiro livro de romance chega!

Já está na Casa Editorial em produção!!!!

quarta-feira, 26 de maio de 2021

OCEANO

 

Que agitação é essa?

E esse mar agitado; o que está acontecendo?

Esse dia frio; as gaivotas não estão aqui hoje.

Eu sei que o mar quer falar, mas quem entenderá sua voz?

Ouço seu grito quase me expulsando da praia

O som não é claro, mas é o barulho de muitas águas.

As ondas bravias expulsam as embarcações

Mas elas teimam em ficar entre altas e baixas ondas

 

Já falei para o mar conversar comigo, mas continua bravio

Se eu pudesse acalmaria sua tormenta

Mas a beleza também está na sua tempestade

 

O oceano já não cabe mais minha embarcação

Suas águas já não podem mais balançar-me

Meus remos não suportaram suas correntes

O vento me jogou na areia

Hoje fiquei olhando da praia para as ondas que quebravam

Ouço o som que me mantém olhando fixo na imensidão

Lembrando do quão fundo mergulhei

Quanto fôlego eu tinha; eu era jovem

 

Me contento descontente por não deslizar sobre suas águas

Mas feliz por não naufragar em suas tormentas

Por sobreviver às suas impetuosas borrascas

Agitado é o vento que me traz o barulho das ondas

Que gritam: “vá”... mas chora ao me ver partir

 

Mesmo assim prossigo andando e deixando pegadas

Mas insistentemente vem as ondas e as apagam

 

Mesmo quando escrevo longe das ondas

Elas sobem durante o dia ou noite e apagam

Contudo no outro dia vem o mesmo vento

Que sopra a mesma coisa

Então eu volto e olho para a imensidão das águas azuis

Ou verdes; não sei.

 

Eu sei o que você espera de mim

Espera que eu deixe as pegadas e os escritos na areia outra vez

Para que dançando no quebrar das ondas, possa apagá-los

 

O pôr do sol anuncia minha ida

Mas no dia seguinte, a praia está pronta para ser marcada outra vez

Então o vento grita novamente o barulho das ondas bravias

Que se acalmam com o passar das horas

E novo dia vem

Para que eu possa deixar minhas pegadas outra vez.

segunda-feira, 29 de março de 2021

quinta-feira, 11 de março de 2021

Os Por que ' s entre nós

Por que ainda penso na agressão que sofri?

Na negativa que ouvi?

Nas juras que consenti

E nos sonhos que permiti?


Por que ainda sinto o cheiro

Do perfume que você usava,

Do shampoo que comprava

E do laço engraçado no All Star que você dava?


Não vou perguntar por que

Só vou conjecturar o que ia responder

 

quarta-feira, 10 de março de 2021

Sussurros

 

Sussurros espremidos

Gelada a espinha ficou por não entender o que sussurrou

Senti os lábios lentamente se fecharem

Sem me dar a chance de perguntar

Sobre o que desejava falar

terça-feira, 9 de março de 2021

Sono

 

Sono que vai e vem

E passeia pela noite escolhendo alguém.

Não fui premiado por vezes

Mas agora, não há quem me convença

De acolhe-lo em minha desprovida tarde que folguei

Vá, sono... assim como foste de mim,

Passe adiante dela também.

segunda-feira, 8 de março de 2021

Brilha o Estribilho

 

Brilha o estribilho de uma canção quase esquecida; de estrofes complicadas, sem rimas e palavras repetidas.

Ouve –se as vozes roucas, pouco entendidas, que comentam sobre a melodia que um dia foi cantada E impressionava quem aos poucos se atrevia cantarolar um trecho de tal harmonia.

No ritmo que se toca, com perfeição pode ser chamada sinfonia.

As notas que combinam nos tons, formam uma composição de talento que nos toca como o vento, mas começa como brisa e termina em ventania. 

Letra que se encaixa no que traduz a canção. Intérprete vulnerável ao não entender a intenção daquele que pensou até nos arranjos, e que manejando seu instrumento, deu à luz o que gerou o coração. 

Maestro triunfalmente adentrando o concerto; instrumentos que afinados, são tratados com delicadeza, para agora, na hora da beleza, tocar o enredo para a plateia entusiasmada que aguarda a execução.

E agora brilha o estribilho de uma canção quase esquecida; de estrofes compridas, desenhadas na partitura do pianista, regidas por mãos na batuta que autorizam o som que traz vida à canção não mais perdida.

Brilha o estribilho, mas sem as estrofes que dão estrutura, não tem luz por muito tempo, pois do início ao fim do evento, a música que entoa o coro, se aperfeiçoa não em uma frase, mas desde o sinal da clave.

terça-feira, 22 de dezembro de 2020

VIRUS

Contaminação através do ar.

Ruas, antes superlotadas, foram forçadas a se isolar por causa da ausência dos seus transeuntes. Segundo fontes confiáveis foram muitas mortes por contaminação. Terror que se espalha com a ameaça de novas contaminações; milhares de contaminados morrendo por infarto e foram contaminados; insuficiência respiratória: contaminados; falência de órgãos, infelizmente contaminados; atropelados: tragicamente contaminados; perdidos no espaço, achados pela contaminação, morrem.

Contaminações que matam e não morrem; parece praga. Fui contaminado duas vezes: na primeira nem era Covid, mas é muito parecido; já faz alguns anos.  Com Covid também fiquei mal nos primeiros dias, mas depois foi superar e seguir em frente. Usei máscara por onde ia, mesmo assim fui contaminado em ambas contaminações. Acho que fui contaminado pelos olhos na primeira vez. Da segunda, já não sei.

Ainda bem que existem os remédios paliativos que podem até não curar de imediato, mas resolvem os sintomas mais terríveis.

Ninguém quer ser contaminado, mas quando acontece, o jeito é se isolar mesmo. Da primeira vez me isolei não só dos outros, como de mim mesmo também. Os remédios nem sempre eram ingeridos, mas por muitas vezes eram em doses de letras malformadas, expressadas com dificuldade. Ajudou bastante e o tempo se encarregou de dar conta dos efeitos colaterais.

Continuo me precavendo; não quero mais ser contaminado, embora pareça, às  vezes, que sempre fica alguma coisa.

®¡©ö


sexta-feira, 17 de abril de 2020

Nada demais

Hoje foi um dia tenso. Nada demais.
Foi um daqueles momentos de idiotice; sem maires repercussões.
Fiz uma boa ação.
Estendi a mão.

pensei que não voltaria aqui... mas vc voltou!
obrigado.
sonhei com vc... de novo.
É uma droga

Não é tão difícil assim.
 estava lendo o livro que escrevi
lendo pela milésima vez.
nada demais... um livro bobo... não vale a pena vc ler.

um pedaço diz:

O ódio se me escorria por entre os punhos cerrados
como o sumo do limão amassado
salivando pelo ácido e mórbido desejo de afoguear-te
Plasmei na idiotice que me afundaste
Levou-me a odiar a mim mesmo por amar-te...

E por aí vai...

Eu disse que não era nada demais!