terça-feira, 22 de dezembro de 2020

VIRUS

Contaminação através do ar.

Ruas, antes superlotadas, foram forçadas a se isolar por causa da ausência dos seus transeuntes. Segundo fontes confiáveis foram muitas mortes por contaminação. Terror que se espalha com a ameaça de novas contaminações; milhares de contaminados morrendo por infarto e foram contaminados; insuficiência respiratória: contaminados; falência de órgãos, infelizmente contaminados; atropelados: tragicamente contaminados; perdidos no espaço, achados pela contaminação, morrem.

Contaminações que matam e não morrem; parece praga. Fui contaminado duas vezes: na primeira nem era Covid, mas é muito parecido; já faz alguns anos.  Com Covid também fiquei mal nos primeiros dias, mas depois foi superar e seguir em frente. Usei máscara por onde ia, mesmo assim fui contaminado em ambas contaminações. Acho que fui contaminado pelos olhos na primeira vez. Da segunda, já não sei.

Ainda bem que existem os remédios paliativos que podem até não curar de imediato, mas resolvem os sintomas mais terríveis.

Ninguém quer ser contaminado, mas quando acontece, o jeito é se isolar mesmo. Da primeira vez me isolei não só dos outros, como de mim mesmo também. Os remédios nem sempre eram ingeridos, mas por muitas vezes eram em doses de letras malformadas, expressadas com dificuldade. Ajudou bastante e o tempo se encarregou de dar conta dos efeitos colaterais.

Continuo me precavendo; não quero mais ser contaminado, embora pareça, às  vezes, que sempre fica alguma coisa.

®¡©ö


sexta-feira, 17 de abril de 2020

Nada demais

Hoje foi um dia tenso. Nada demais.
Foi um daqueles momentos de idiotice; sem maires repercussões.
Fiz uma boa ação.
Estendi a mão.

pensei que não voltaria aqui... mas vc voltou!
obrigado.
sonhei com vc... de novo.
É uma droga

Não é tão difícil assim.
 estava lendo o livro que escrevi
lendo pela milésima vez.
nada demais... um livro bobo... não vale a pena vc ler.

um pedaço diz:

O ódio se me escorria por entre os punhos cerrados
como o sumo do limão amassado
salivando pelo ácido e mórbido desejo de afoguear-te
Plasmei na idiotice que me afundaste
Levou-me a odiar a mim mesmo por amar-te...

E por aí vai...

Eu disse que não era nada demais!